quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Estar longe gera medo

Pastor Weslley Pardinho

Missão Evangélica Vivendo em Cristo de Sumaré
mvivendoemcristo@gmail.com

Mt 14.22-33

Algo que sempre estará nos rodeando, querendo nos pegar de surpresa. Isso é um fato marcante e infelizmente estamos sujeitos a isso. São tantas coisas que não sei numerá-las, porém o que quero falar nesta ocasião é sobre o medo, sim, um sentimento presente em vários momentos do nosso dia a dia como, medo de decidir, medo do inesperado, medo das reações e esse gera sintomas nos ser humano. Com isso o medo está à porta esperando distanciarmos das razões, pensamentos e principalmente aqueles que tem como base do seu viver um Deus único representado em seu filho Jesus Cristo ele vem é toma conta.

Todos nós temos medo quando não reconhecemos Jesus Cristo ao nosso lado, em nosso viver, no nosso dia a dia, não quero dizer que tem que o ter como um amuleto, porém ele não é apenas um amuleto, Ele é a razão da segurança de todo o ser que viver sobre essa terra, quando assim crê nEle e que Ele é a razão dessa confiança.

No texto de que o evangelista Mateus escreve em no evangelho de Jesus Cristo, mostra-nos dois sintomas que o medo faz no homem, quando não consegue reconhecer Jesus Cristo em seu lado, em seu viver, no seu dia a dia. Eu gostaria de apresentar esses dois sintomas que reflete no homem e na mulher, na sociedade.

E o primeiro sintoma que o medo faz no homem, quando não reconhece Jesus é que ele fica aterrorizado – Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: "É um fantasma! " E gritaram de medo. - vers. 26 . Medo é um sentimento inquietante que se tem diante do perigo ou ameaça; fobia; pavor; terror. Isso é o significado de medo, um sentimento que tenta fazer parte do nosso dia a dia, e as situações querem produzir isso em nosso viver, sejam por decisões a ser tomada, as dificuldades sejam no trabalho, na escola, faculdade, tudo isso tende a querer provocar em nós medo.

Um grande homem de Deus, profeta, cheio de ação, corajoso, João Batista, em seu momento sozinho na prisão, prestes a ser morto, preocupou-se, sentiu medo. Não via o que Jesus já fizera, mas teve um momento particular com Jesus seu primo, no batismo, na decida do Espírito Santo, mas se distanciou e continuou com seu ministério. Só que estava longe agora, sozinho, aterrorizado, sentiu medo. Foi o inesperado a ele saber que pediram a sua cabeça, porém estando ali preso – pensou: meus discípulos, trajetória preparando o caminho - gerou medo em seu coração.

O inesperado pode vir, porém, não pode nos encontrar longe de Jesus. Estar longe de Cristo, é a oportunidade em que tudo tem para influenciar o nosso viver, por isso quero lhe alertar estar perto de Cristo, viver ao lado de Jesus Cristo, amando, servindo, conhecendo de fato a Cristo, fecha-se a porta para o medo do inesperado, pois sempre estará pronto.

O segundo sintoma que o medo faz no homem, quando não reconhece Jesus é o brotar no coração, na mente a dúvida – "Senhor", disse Pedro, "se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas". - vers. 28. Quando o discípulo e apostolo Pedro diz, “se és Tu”, em seu sentido literal já brota uma dúvida, olha não sei se estou vendo um fantasma ou uma ilusão de ótica ou até mesmo coisa parecida, porém se és o Jesus com quem conhecemos, com quem andamos; vemos e sentimos nas palavras dele a dúvida.

Duvidar , ausência de certeza quanto a um fato, informação, ideia, etc. E o momento do nosso amado Pedro era assim. Chuva, vento, ondas e, em meio a isso tudo, vem alguém, andando sobre as águas, sendo em nossos tempos, já íamos dizer um ovni, um extra terrestre, não sei. Mas esse sentimento de dúvida, ainda mais quando há um contato, uma aparência com o conhecido. Já com medo do inesperado e com agora o contato vem a dúvida o que é e o que quer.

Sendo assim vemos um fator muito claro, o texto no vers. 28 que nos mostra isso. Em seguida, Jesus o chama, parece até estar cheio de fé e coragem, mas quando a nossa atitude está longe de Jesus, qualquer distração nos faz ter medo, duvidar então nos vê afundando. Um instante de desconcentração do foco da nossa fé, na nossa certeza. Assim aconteceu com Pedro.

Tudo tem que estar ligado, conectado ao nosso Cristo. Sem Ele, logo que pensamos que andamos sozinho já seremos deparados com os momentos da vida e aí o medo vem, a dúvida aparece, por isso nunca, nunca fique longe do Mestre Jesus. Pois é um fato, pois o resultado de ter medo é duvidar de como agir, duvidar se deve agir. Assim tendo Cristo sempre ativo em nós, nunca teremos dúvida que Ele está ao nosso lado e agiremos certos da vitória.

Precisamos estar perto de Jesus, pois o medo está nos de redores, buscando uma brecha, e com o medo vem a dúvida, quando estamos em Cristo totalmente ligados nele, não possibilidade para o medo e a dúvida, assim passamos e vencemos tudo que assim se apresenta em nosso viver. Então apelo é que nunca se distancie de Cristo Jesus o nosso Senhor e seus princípios, pois assim será uma pessoa corajosa e decidida em fazer o melhor em seu viver. 


 Pastor auxiliar da Missão Evangélica Vivendo em Cristo de Sumaré , cursando seminário no Instituto Bíblico de Campinas. Separado ao Ministério desde 11/03/2012, pelo ministério e graça do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A visão é turva


Pablo Massolar

pablo@massolar.com

Sonho com uma igreja onde o discipulado não seja visto essencialmente como um método de fazer crescer numericamente. Onde não sejam estabelecidas metas e cronogramas de crescimento e multiplicação, como fazem os gerentes de marketing das grandes corporações comerciais.

No Evangelho de Mateus, capítulo 10, quando Jesus enviou seus discípulos pelas cidades para pregar, ele não disse nada sobre quantidade ou taxa de sucesso. Não estabeleceu nenhuma estratégia de abordagem, a não ser a de quando entrassem em alguma casa, declarar: "paz sobre esta casa!", e se houvesse algum filho da Paz ali, ela repousaria sobre a pessoa. Jesus não fez grandes campanhas publicitárias, não disse nada para agradar as pessoas simplesmente com a intenção de atraí-las. Embora Jesus curasse muita gente e expulsasse demônios, não fazia propaganda disso. Ele apenas disse que era para anunciar a chegada do Reino de Deus e que haveria lugares que receberiam a Palavra e outros não. Simples assim.

O discipulado aprendido com Jesus e os apóstolos por todo o Novo Testamento não tem seu foco ou ênfase na multiplicação do número de pessoas alcançadas, mas no ensino da Palavra. As "células", ou reuniões nas casas, aconteciam na igreja primitiva com a finalidade de promover profunda comunhão e aprendizado prático entre a irmandade. Sim, eram uma grande família. Estavam mais para grupos de convivência do que simples reuniões de estudo superficial do texto bíblico e chá com biscoito. Tudo lhes era comum, inclusive as necessidades que alguns passavam. As ofertas eram recolhidas não para comprar terrenos, construir templos ou bancar a vida luxuosa dos líderes, mas para suprir as carências que os irmãos mais pobres tinham.

Muitos sinais e prodígios eram feitos pelos apóstolos, mas nem os milagres físicos eram tão prodigiosos quanto o amor vivido e proclamado naqueles dias pelos discípulos de Jesus, de forma contínua e verdadeira. Havia profundo temor no coração de todos, era um só o sentimento de comunhão e o Senhor acrescentava, todos os dias, os que iam sendo salvos.

Não tenho nada contra o crescimento numérico. É claro que eu quero que o Evangelho alcance muitas pessoas; se possível, todos os que estão a minha volta. Mas nem sempre os números frios sintetizam realidades espirituais muito para além das estatísticas. O problema é quando se faz do crescimento um deus e aí passa a valer qualquer estratégia, qualquer método e desculpa para atrair as pessoas. O foco passa de pregar o que É certo para pregar o que DÁ certo.

Vejo muitas igrejas cheias, lotadas de gente vazia, escravizadas por seus próprios interesses e desejos mesquinhos. Crentes não em Deus, mas no milagre prometido que às vezes demora para chegar, nas correntes infinitas de orações e sacrifícios pessoais.

São lugares onde as reuniões de oração agora são chamadas de campanha e têm, em alguns casos, sete dias ou sete semanas para fazer acontecer o milagre. Quem decreta o milagre não é Deus, mas o "homem de Deus", emocionado e eufórico. E "Deus" fica como que "obrigado" a realizar o que pedem através do ato profético e do sacrifício deixado no altar.

Nesses lugares, quem chega, e vai sendo chamado de discípulo, vai aprendendo a arte do proselitismo religioso/denominacional. São transformados em corretores da fé na plaquinha da igreja, o que é muito diferente da consciência de um só corpo e um só batismo pregado pelo apóstolo Paulo. Este modelo de igreja exige muito entretenimento, muita mudança exterior e asséptica, muito falso moralismo, mas que pouco tem a ver com as mudanças mais profundas até alcançar a mente de Cristo.

Será este o fim? Infelizmente, para este modelo de "igreja mercado", não vejo um futuro diferente. Queria estar errado, mas este modelo vai crescer muito ainda e se alastrar porque há uma demanda e um propósito para isso. A intenção é transmitir uma falsa sensação de conversão, sem compromisso real com a Palavra. As pessoas são carentes deste misticismo, e quando ele é feito em nome de "Jesus", parece que ganha validade. Suas mentes estão cauterizadas. São cegos guiando cegos. Pensam estar agindo em nome de Deus, mas o que é adorado nestes lugares é o poder dos seus próprios líderes.

Entretanto, a verdadeira igreja é de Deus. É invisível. Não tem fronteiras. As portas do inferno não prevalecem contra ela. Os discípulos de Jesus são identificados não pelo nome no letreiro de suas comunidades, mas pelo amor vivido e praticado visceralmente. O Evangelho não fica só no discurso, mas é ensinado e pregado com a própria vida, mesmo que seja preciso perdê-la.

A santidade ensinada não é externa, mas faz sentido e morada na vida, na caminhada dia após dia, mudando o caráter verdadeiramente. O compromisso com o outro não é o tapinha nas costas de quem diz: "estamos juntos", mas não se envolve até as últimas consequências. Este discipulado não acontece somente entre os que estão debaixo de uma "cobertura espiritual", não acontece somente na "célula", entre um grupo restrito ou em uma hora delimitada. O encontro com Deus não está marcado para um lugar isolado do mundo exterior. O Peniel de verdade é o Evangelho praticado na rua, no trabalho, na família e também fora da igreja.

O verdadeiro discipulado se aprende espiritualmente e não emotivamente. O fruto deste ensino até pode vir de forma numérica também, mas vem essencialmente na mudança provocada na vida dos discípulos.


O Deus que disse: "vá e faça discípulos de todas as nações" te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente! - por e-mail - www.ovelhamagra.com

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Maldição do Homem Moderno


A.W. Tozer

Existe uma maldição antiga que permanece conosco até hoje — a disposição da sociedade humana de ser completamente absorvida por um mundo sem Deus.

Embora Jesus Cristo tenha vindo a este mundo, este é o pecado supremo dos incrédulos, o qual levou o homem a não sentir — nem sentirá — a presença dEle que permeia todas as coisas. O homem não pode ver a verdadeira Luz, tampouco pode ouvir a voz do Deus de amor e verdade.

Temos nos tornado uma sociedade “profana” — completamente envolvida em nada mais do que os aspectos físico e material desta vida terrena. Homens e mulheres se gloriam do fato de que são capazes de viver em casas luxuosas, vestir roupas de estilistas famosos e dirigir os melhores carros que o dinheiro pode comprar — coisas que as gerações anteriores nunca puderam ter.

Esta é a maldição que jaz sobre o homem moderno — ele é insensível, cego e surdo em sua prontidão de esquecer que existe um Deus. Aceitou a grande mentira e crença estranha de que o materialismo constitui a boa vida. Mas, querido amigo, você sabe que o seu grande pecado é este: a presença eterna de Deus, que alcança todas as coisas, está aqui, e você não pode senti-Lo de maneira alguma, nem O reconhece no menor grau? Você não está ciente de que existe uma grande e verdadeira Luz que resplandece intensamente e que você não pode vê-la? Você não tem ouvido, em sua consciência e mente, uma Voz amável sussurrando a respeito do valor e importância eterna de sua alma, mas, apesar disso, tem dito: “Não ouço nada?”

Muitos homens imprudentes e inclinados ao secularismo respondem: “Bem, estou disposto a agarrar minhas chances”. Que conversa tola de uma criatura frágil e mortal! Isto é tolice porque os homens não podem se dar ao luxo de agarrar as suas chances — quer sejam salvos e perdoados, quer sejam perdidos. Com certeza, esta é a grande maldição que jaz sobre a humanidade de nossos dias — os homens estão envolvidos de tal modo em seu mundo sem Deus, que recusam a Luz que agora brilha, a Voz que fala e a Presença que permeia e muda os corações.

Por isso, os homens buscam dinheiro, fama, lucro, fortuna, entretenimento permanente ou apego aos prazeres. Buscam qualquer coisa que lhes removam a seriedade do viver e que os impeça de sentir que há uma Presença, que é o caminho, a verdade e a vida.

Eu mesmo fui ignorante até aos 17 anos, quando ouvi, pela primeira vez, a pregação na rua e entrei numa igreja onde ouvi um homem citando uma passagem das Escrituras: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim... e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11. 28,29).

Eu era realmente pouco melhor do que um pagão, mas, de repente, fiquei muito perturbado, pois comecei a sentir e reconhecer a graciosa presença de Deus. Ouvi a voz dEle em meu coração falando indistintamente. Discerni que havia uma Luz resplandecendo em minhas trevas.

Novamente, andando pela rua, parei para ouvir um homem que pregava, em um cantinho, e dizia aos ouvintes: “Se vocês não sabem orar, vão para casa, ajoelhem-se e digam: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador”. Isso foi exatamente o que eu fiz. E Deus prometeu perdoar e satisfazer qualquer pessoa que estiver com bastante fome espiritual e muito interessado, a ponto de clamar: “Senhor, salva-me!”

Bem, Ele está aqui agora. A Palavra, o Senhor Jesus Cristo, se tornou carne e habitou entre nós; e ainda está entre nós, disposto e capaz de salvar. A única coisa que alguém precisa fazer é clamar com um coração humilde e necessitado: “ó Cordeiro de Deus, eu venho a Ti; eu venho a Ti!”

http://editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=203 - extraido